terça-feira, 23 de junho de 2020

A IMPORTÂNCIA DO SOL PARA AS AVES


Ao contrário dos seres humanos, as aves enxergam os raios UV que fazem parte da luz natural do sol. Elas utilizam os raios UV para a alimentação e para a reprodução.

Uma ave em cativeiro pode ficar privada da radiação UV. Os raios UV da luz do sol que entra pela janela são eliminados por vidros e cortinas. Além disso, as fontes normais de iluminação doméstica não emitem UV. A vida sem os raios UV para as aves seria como se os seres humanos vissem tudo a preto e branco ou pior. Sem UV algumas espécies de aves não conseguem diferenciar o sexo.

Exemplos:

As penas das aves refletem os raios UV. Esta reflexão da plumagem desempenha um papel na seleção sexual das aves.

As aves de cores escuras (ex: pássaro preto), que para os olhos humanos são negros, aparecerem aos olhos das aves com várias cores. Acontece o mesmo com as aves de cores brancas.

A percepção UV desempenha um papel significativo na seleção da comida. Alimentos com os raios UV ficam ainda mais chamativos aos olhos dos pássaros como os vermelhos são mais vermelhos e os verdes são mais verdes. Uma ave relutante a comer precisa dos raios UVA para estimular o seu apetite.

A saúde dos pássaros X raios UV

Sem uma fonte equilibrada de luz, o ciclo oculo-endócrino (luz para a glândula pineal e para a glândula pituitária) é afetado, alterando todos os aspectos da vida da ave. Uma iluminação inadequada pode provocar agitação, enfraquecimento, problemas respiratórios e metabólicos.

As aves necessitam da vitamina D3 para um desenvolvimento saudável do esqueleto, para isso os raios UVB são necessários para sintetizar a vitamina D3.

Muitas espécies podem sintetizar a vitamina D3 da luz solar através da pele. Como a pele das aves está coberta com penas, elas não podem utilizar a própria pele para o fazer. Na maioria das aves, a glândula uropigial (impermeabilizante para as penas) recolhe a pré-D3 do sangue, e acumulando-a nos óleos glandulares. Estes são depois expostos á radiação UVB quando a ave se limpa e cuida da plumagem. Mais tarde a ave ingere materiais expostos aos UV quando volta a limpar e a cuidar da sua plumagem, e o óleo entra no organismo como pré-vitamina D, sendo transformado em vitamina D3 pelo fígado e os rins.

Lâmpadas para pássaros

Na falta da luz natural existe a necessidade de adicionar a radiação UV artificial, encontrada em lâmpadas especiais para aves. Essas lâmpadas emitem raios de UVA e UVB suprindo as necessidades dos pássaros em cativo desde que usadas corretamente (ex: respeitando o período de luz diária). Alguns criadores devido à grande quantidade de pássaros em cativeiro ficam difíceis colocá-los para tomar sol todos os dias, daí a importância de investir em uma boa iluminação.

Existem algumas lâmpadas UV que não podem ser usadas para os pássaros:

As lâmpadas de iluminação doméstica não produzem raios UV e a maioria das lâmpadas domésticas inibem a cor natural da visão da ave.

Lâmpadas utilizadas para répteis podem causar cataratas e as usadas em aquários não apresentam uma relação correta de vermelho/azul e também devem ser evitadas. (elas possuem raios UVB elevados).

Como deve ser o banho de sol?


Devemos dar a preferência pelo período da manhã, entre 8h e 9h. Uma saturação do tempo em exposição ao sol causa aos pássaros os seguintes sintomas:

Abertura do bico, aceleração do ritmo cardíaco, abertura dos ombros em relação ao corpo e desidratação.

Para maior segurança, coloque sobre a gaiola ou viveiro, um pano ou um papelão que cubra uma parte da área, oferecendo sombra, pois o pássaro saberá melhor do que nós a hora de abrigar-se. Lembrando de trocar a água de bebida após o banho de sol.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Bitola,
dificilmente passa dos 150 cantos nos 15 finais de uma roda, pois da uma cantada, ou canto inteiro raramente corta.

Picador,
divide a cantada em cantos, ou cortes, em boa forma e bom manejo passa fácil dos 200 cantos nos 15 minutos finais.

Chuva, bambuzeiro ou dobradeira, deixa as demais categoria, canto e cantada de lado, até abandonam o extinto de territorialidade, ficando alheios aos concorrentes, emitem notas desconexas, dando a falsa impressão de corte de canto, levando o marcador a dúvida, e com isso registrando, no mínimo um canto, aí passam dos 300 cantos nos 15 minutos finais de uma competição de roda de fibra.
Obs; uma cantada é formada por 1 conjunto de cantos, um canto pode ser subdividido em várias notas.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Mutações
Mutação é toda alteração espontânea dos caracteres hereditários (genes) transmissíveis à descendência. Chamamos de pássaros mutantes aqueles que diferem dos seus ancestrais. As mutações não afetam a posição do gen no cromossomo, mas o gene mutante produz um efeito diferente do gen original. Muitas mutações passam despercebidas pois seus efeitos são de pouca expressão, há outras onde o efeito é percebido sensivelmente. Toda mutação é progressiva e só manifesta todo seu esplendor com o passar do tempo.

São infinitas as possibilidades de tonalidades de cores nos pássaros. Quando combinadas com fatores mutantes a variedade cresce mais ainda. Estas variações podem tanto atuar nos lipocromos como nas melaninas.

Todos os pássaros tem duas cores básicas:

1) Cor Melânica: Melanina: Existem duas classes principais de melanina: eumelanina, que nas aves variam da cor negra ao cinza azulado; e feomelanina, que variam da cor castanho escuro ao bege claro. Se distribuem principalmente no eixo das penas e na periferia;

2) Cor Lipocrômica: Se apresenta em várias gradações de vermelho, amarelo ou simplesmente branca.

A cor que vemos nos pássaros é resultante da combinação dos efeitos dessas duas cores básicas. São transmitidas em genes diferentes de forma independente. As diversas possíveis mutações podem atuar tanto nas melaninas como nos lipocromos, reduzindo sua expressão em graus variáveis, inibindo seu aparecimento ou aumentando seu efeito.



O Leucismo é uma particularidade genética devida a um gene recessivo, que confere a cor branca a animais geralmente escuros. É caracterizado pela perda completa do pigmento melanina (dos dois tipos eumelanina e feomelanina) nas estruturas de cobertura da pele (penas) mas sem perda de melanina cutânea (olhos, mucosas, derme), deixando-os com a coloração branca. Esta mutação pode ocorrer de forma total ou em somente partes do corpo do indivíduo. Espécimes irregularmente manchados são também denominados “arlequim” (arlequinismo). Se o indivíduo for completamente branco (com a derme pigmentada) é um Leucistico; sendo predominantemente branco mas com manchas de outra cor, é um leucístico com Arlequinismo normocronico;

O Leucismo é diferente do albinismo : os animais leucísticos não são mais sensíveis ao sol do que qualquer outro. Pelo contrário, são mesmo ligeiramente mais resistentes, dado que a cor branca possui um albedo elevado, protegendo mais do calor.

O Melanismo é oposto do Leucismo. O Melanismo se consiste no aumento da produção de melanina, conferindo coloração mais escura ao indivíduo. Indivíduos melânicos se associam normalmente com outros indivíduos da mesma espécie, já que o melanismo não traz doenças associadas como o albinismo.

As melaninas se apresentam em várias tonalidades de cor, partindo do negro imaculado podendo chegar ao bege claro, em algumas vezes é quase impercepitível. Pode até em algumas circunstâncias ser totalmente inibidas. Quando o pássaro tem os lipocromos inibidos e apresentam alguma melanina, são chamados de melânicos puros.

Coleiro de Plumagem Branca (Leucístico)
Sporophila Caerulescens

Coleiro de Plumagem Negra

(Melânico)
Sporophila Nigricollis